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Mostrando postagens de 2017

MUITO PATO E POUCO ARGUMENTO

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Imagem: Google Pensei seriamente em um bom texto para encerrarmos dois mil e dezessete, mas recorrendo a outros  já escritos e anotações pessoais, notei que ao contrário de que desejava, o que encontrei foram outros argumentos muitos ricos em evidências que atestam para o espetacular. Sim ,espetacular mesmo , muito embora não no sentido fantástico, mas no sentido que valha este texto que vos escrevo. Apesar de parecer pertencer ao lugar comum, hoje provoco meu leitor a tentar entender os resultados alcançados pelas iniciativas do governo e de sua base aliada na busca de recuperar a economia do país e construir a chamada agenda positiva para o crescimento sustentado.  É importante que não esqueçamos que o governo passou boa parte deste ano de 2017 se defendendo de acusações ,cooptando aliados com dinheiro do orçamento federal para sustentar cargos políticos e imunidade parlamentar. Embora em países minimamente politizados e esclarecidos as pesquisas de popularidade

APESAR DE VOCÊS...

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Imagem Google Nas ultimas três décadas fomos vitimados por inúmeras crises, as quais raramente ocasionadas por um evento externo ao ambiente político. Em 1985 fomos vitimas de uma série de crises por conta de planos populistas e sem nexo econômico ,iniciado pelo Plano Cruzado, Plano Verão ,Plano Bresser e Plano Collor que culminou com o impeachment do Presidente por corrupção. Em 1997 veio a crise da Ásia, em 1998 da Rússia ,em 1999 a nossa e em 2000 a da Argentina. Nesta sequencia houve uma insistente tese de que uma âncora cambial devia ser mantida mesmo em condições adversas ao movimento de capitais que evitavam o risco de países emergentes. Em 2005 fomos vitimas da crise do mensalão, por um balcão gigantesco de compra de políticos na "arena" de voto. No primeiro ano do governo Dilma(2010-2014) eclodiu a operação Lava-Jato meio sem querer e desnudou o escarnio corrupto em que estava imerso o Estado brasileiro e que contaminou a reeleição da então presidente culm

O CÍNICO HÁBITO

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Imagem: Google Estamos vivendo o monopólio do cinismo, expressão weberiana ao se referir ao poder coercitivo do Estado sobre a violência .Pois bem, o monopólio do cinismo está hoje no poder político emanado da autoridade régia do cargo, onde no Brasil não é mais possível separarmos o joio do trigo dentre as opções políticas. A  dimensão da banalidade moral talvez seja a medida de uma dimensão moral, propriamente dita, em relação ao sujeito que é desonesto. Essa dimensão parece que também está muito arraigada entre nós, desconstruindo a verdade, pois nos deparamos facilmente em circunstâncias que seriam negativas do ponto de vista da corrupção, e justificamos isso com algum cinismo. Cito o sujeito que sonega alegando que a carga tributária no Brasil é muito alta, pois bem, quando a gente usa esse argumento é porque perdeu completamente as referências. Se existe algo injusto, o sujeito busca atalhos e aí flertamos na questão da disseminação da corrupção. Aqui um momento de

CORAÇÕES,MENTES E A IDOLATRIA

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Imagem: Instituto Liberal -MG Quanto nos custou os descaminhos do governo Collor e do governo Dilma? Os dois processos de impedimento foram largamente custeados pelos contribuintes brasileiros e tiveram origem em situações sociais muito parecidas. A idolatria política. A idolatria política coopta e sequestra as chances de um Brasil melhor resolvido, mais cerebral e menos emocional, um Brasil que pode ir as ruas pedir mudanças sem ter em seu passado domingos de verde amarelo cinzentos, perigosos, representados e inflados por grupos políticos que só queria o poder, apenas isso, urgindo panelaços que embalaram o ridículo político(aliás um livro da  professora Marcia Tiburi). A política tem sido a obsessão de nosso tempo e, de fato, não conseguimos imaginar uma vida longe de noticiários de corrupção, deputados, leis e campanhas partidárias. Apesar de muitos considerarem o voto um dever cívico respeitável, eis o que realmente ocorre na hora exata do voto: uma pessoa decidi

O JUROS DO BRASIL NA PRÁTICA...

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Imagem: Google Talvez o que muitos ainda não sabem é que redução de juros ou queda na taxa básica de juros, está muito além da notícia do telejornal noturno. Para que possamos entender o que nos coloca em situação delicada diante de uma economia combalida em sem crédito, vamos discorrer rapidamente sobre o tema para posteriormente desfazer algumas"falsas-verdades" ditas por pessoas não capacitadas a discutir o assunto. De uma forma simplista e as vezes incoerente do ponto de vista macroeconômico, a taxa de juros corrente deve ser estabelecida em duas vezes o valor da inflação. Digamos como um exemplo aleatório que haja 5% de inflação no ano,então a taxa de juros deveria buscar um patamar próximo de 10% para repor o poder de compra da moeda e criar o interesse a poupança, em detrimento do consumo (postergar consumo, teoria das taxas de juros de Irving Fisher, NY, 1930).É óbvio que este modelo preserva "um prêmio" de aproximadamente 5% pelo esforço de

SUPREMA CORTE DA EXCEÇÃO

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Imagem:Google A  guerra está instalada entre Supremo e Executivo e quem está sofrendo neste momento são as ações da operação Lava Jato.Não há dúvida para mais ninguém que se formaram dois grupos, o do ministro Edson Fachin e do ministro Gilmar Mendes. Do outro lado desta guerra, a luta pela própria sobrevivência política com os aliados do então Presidente Temer , que usam e abusam do descumprimento de decisões judiciais e fustigam com frequência o procurador-geral Rodrigo Janot e o relator da Lava-Jato no STF,ministro Edson Fachin. Antes restrita a insinuações maldosas , a discórdia ficou explícita principalmente após a denúncia de que o Planalto teria investigado secretamente Fachin e o Senado, resistido afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato mesmo a mando do STF. Na prática o que temos assistido é uma ação coordenada de defesa criminal do presidente,com um Congresso submisso ao Planalto e um Supremo sem controle, onde todos os ministros falam,

OS INTERESSES PRIVADOS DO ESTADO

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Imagem:Google Apesar do Estado, empreendemos e geramos emprego , diriam os liberais. Um Estado  deve servir ao cidadão, mesmo que este não tenha capacidade de contribuir, diriam os Keynesianos...Afinal, a que Estado servimos? O fato que menos importa por incrível que possa parecer é qual linha de pensamento econômico o Estado está submetido, não porque de fato não tenha relevância, tem e muita, mas um Estado que "opera" despossuído do poder que emana de sua natural existência, sucumbe e faz sucumbir o mais básico princípio de Montesquieu...a separação dos poderes para garantir a existência da propriedade e a proteção do cidadão. Cansados ou não da cantilena promovida pela crise endêmica do poder no Brasil, isto não é de fato uma novidade. Desde seu descobrimento, o Estado que supostamente era soberano, flertava com a conspiração e o conflito de interesses. O loteamento do Estado é mais velho do que parece. Lá atrás eram as capitanias hereditárias e agora a

REFORMA TRABALHISTA E O JOGO DOS SETE ERROS

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Imagem: O Globo O IBGE confirma a extensão da crise econômica no Brasil: o PIB, que caíra 3,8% em 2015, repetiu a dose em 2016 recuando 3,6%. A taxa de desocupação que decrescia desde 2003 e atingiu o menor valor da série história em 2014, quase dobrou desde 2015, atingindo agora em abril de 2017 o acumulado de 14,2 milhões de pessoas. Além da destruição de postos de trabalho, o aprofundamento da crise econômica tem reflexos claros na precarização das relações de trabalho. Hoje, tanto os meios de comunicação como o governo federal apontam que a culpa da crise no mercado de trabalho é dos trabalhadores, que têm muitos direitos. Esse foi o mesmo discurso da crise dos anos 1970 com Thatcher e Reagan, que fortaleceu o neoliberalismo na teoria e na prática nos países centrais, levando-os aos países periféricos: no Brasil dos anos 1990, reproduziu-se esse mesmo discurso. Portanto, nada de novo ou moderno até aqui. Então não podíamos deixar que a reforma trabalhista passasse

MENTEM DE VERDADE!

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Imagem:Google O país da carne de mentira, do PIB de mentira, da arrecadação de mentira, da distribuição de mentira, da reforma da previdência de mentira, da taxa de juros de mentira, das delações de mentira, da recuperação do emprego de mentira, do desemprego de mentira, dos movimentos de rua de mentira, da imprensa independente de mentira, da mentira de mentira. O país que se acomodou na mentira em nome da verdade. Até quando a mentira estará em nome da verdade? Todos os dias temos mentiras em todas as áreas, em todos os escalões da sociedade, uma verdadeira praga que se esparramou nos quatro cantos deste país. Não há sequer um nível de poder que não esteja envolvido em corrupção ou suspeita de fraude sobre o erário público. O episódio da carne foi do espetaculoso ao patético. O que era para ser uma investigação séria e sem estrelatos virou um "passa moleque" institucional entre o Governo Federal e a Polícia Federal. Com um final vexatório em uma c

ACERTO DE CONTAS

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Imagem:Google O maior desafio do Brasil neste momento é acalmar os ânimos dos investidores que assumiram riscos de longo prazo.Como desafio temos os escândalos na política, a falta de governabilidade federal e a quebra sucessiva de contratos, principalmente nas privatizações estruturais desde os governos FHC,Lula e Dilma/Temer.Empresas de vários setores vem anunciando a saída do país por falta de perspectivas e de segurança jurídica,esta última muito abalada recentemente por manobras de abafa da operação lava-jato junto ao supremo. As primeiras que não resistiram a esta patética realidade são o Grupo Brasil Kirin e a FNAC, que ainda procura um sócio interessado na operação por aqui.São apenas duas dentre inúmeras empresas que já contrataram nos últimos meses consultorias especializadas em fusões e aquisições com objetivos de desinvestimento no país. O setor elétrico, estratégico para as pretensões do Governo Federal, deu ultimato e cobrou a quebra de contrato dos g