FELIZ ANO NOVO, SÓ QUE NÃO!



Imagem: Google

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Caros amigos que nos acompanham ao longo destes sete anos, Feliz Ano Novo! Estou constrangido por entender que esta frase é muito mais formal do que factual. Sim, de fato temos pouquíssimas coisas para encorajar um ano novo, uma pena.

Ao longo deste ano que impregnou a vida de brasileiros com sujeira e imundície ideológica e discursos políticos de ocasião, restou um legado obviamente indigesto e pouco manejável, se é que estou me fazendo entender. Como tem sido nos últimos anos, o resultado do ano que se finda compromete e castiga o ano que chega, mas desta vez existem combinações explosivas e que turbinado pelo desemprego que em janeiro atingirá o número de mais de 13 milhões de desocupados(alguns deles saíram do mercado de trabalho em pleno mês de dezembro), culminará com uma das rendas familiares mais baixas dos últimos 26 anos. Isso não é pouco e demorará muito tempo para voltarmos a um patamar aceitável que reorganize e impulsione o crescimento interno. 

Ponte quebrada 

Não se pode salvar um país sem educação e boa formação, segundo dados da pesquisa SIS 2016 (Síntese de Indicadores Sociais), produzida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que o percentual de jovens com idade entre 18 e 29 anos que deixaram de frequentar a escola em dez anos aumentou, e muito. O estudo aponta que  31,5% dos jovens de 18 a 24 anos frequentavam regularmente a escola em 2005, e agora o percentual caiu para 30,7%. No mesmo período, fluxo de jovens de 25 a 29 anos na escola foi de 12,6% para 11,4%, respectivamente.


Em relação aos mais novos, os dados mostraram o volume de estudantes com idades entre 15 a 17 anos frequentando a escola cresceu pouco (de 81,6% para 85%). Apesar disso, em 2015, 1,6 milhão de jovens dessa faixa etária  já haviam abandonado a escola.



Fatores para o abandono da escola estão diretamente relacionado entre a idade do aluno e a série em que ele está matriculado (mais conhecida como distorção idade-série).Esse indicador representa a proporção de estudantes de 15 a 17 anos de idade no ensino regular com idade dois anos ou mais acima da esperada para a série/ano que frequentavam, em relação ao total de estudantes dessa faixa etária, relatam os organizadores do relatório. Além disso, a evasão escolar também pode ser resultado do impacto da renda familiar do aluno. Em 2015, 69,7% dos jovens de 15 a 17 anos pertencentes ao grupo com menor renda mensal domiciliar per capita abandonaram a escola e não concluíram o ensino fundamental. Esse percentual foi de 39,4% para o grupo na mesma faixa etária que possuía a maior renda, conforme parâmetros definidos pelo instituto.


Previdência desigual

Não se pode falar em sacrifício para todos quando 1% do que se gasta com inativos em regime especial  é igual aos 99% dos sistema reparticional oficial. Elevar o tom do discurso de salvação nacional, empurrando a idade mínima de aposentadoria para 65 anos é no mínimo um acinte em relação ao mercado de trabalho. O brasileiro atinge 53 anos de idade e vê o seu mercado de trabalho simplesmente desaparecer, então fica a pergunta: O que fazer entre 54 anos e 65 anos? Enfrentar necessidades básicas, flagelo econômico sobre estas famílias?

O discurso cai bem, mas no bolso da minoria não. Seria melhor colocarmos um plano que atendesse este "lapso temporal" de 11 anos como um programa que protegesse ao menos uma camada relevante deste contingente de brasileiros, mas...vamos aos números...

Menor que 10% durante todo o século 20, a proporção de idosos na população brasileira costumava ser equivalente à de países menos desenvolvidos. Porém nos últimos 10 anos o Brasil envelheceu rapidamente. O cenário é apontado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) na SIS (Síntese de Indicadores Sociais) 2016.Entre 2005 e 2015, a proporção de pessoas com mais de 60 anos de idade cresceu em velocidade superior à da média mundial, saindo de 9,8% para 14,3%. O relatório assinala que o país está se aproximando da taxa projetada em países desenvolvidos e a maior participação de idosos na população brasileira tem impacto na Previdência, é claro. Espera-se, conforme a mesma projeção, que a população mais velha do Brasil dobre em 24,3 anos. Nessa estimativa, em 2015, o país teria 11,7% de idosos.

Na análise da inserção deste grupo no mercado de trabalho, algumas mudanças ficaram evidentes entre 2005 e 2015: houve queda de 62,7% para 53,8% na proporção de pessoas com 60 anos ou mais que estavam empregadas e recebiam aposentadoria. O nível de ocupação dos idosos, no geral, também caiu, de 30,2% para 26,3% nesta década, explicando assim que a conta não fecha sem um programa maior do que elevar a idade mínima para 65 anos, devemos sim discutir o tema diferente da simplicidade de uma fábrica de parafusos.

Outro dado assustador é que 65,5% dos idosos empregados tinham como nível de instrução o ensino fundamental incompleto, "o que desnuda uma inserção em postos de trabalho que exigem menor qualificação". E mais, idosos brasileiros são proporcionalmente a parcela de população que mais faz uso dos serviços de saúde.Dentre as pessoas com 60 anos ou mais, esta proporção foi de 25%. Todas as outras faixas etárias foram menores: 30 a 59 anos (16,4%); 15 a 29 anos (10,9%); e 0 a 14 anos (12,6%). Considerando toda a população, a taxa foi de 15,3%.

Bem amigos, devemos acreditar em algo neste ano que acaba de chegar, mas por enquanto que DEUS nos Abençoe em 2017 e até breve!

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