MANTER OS DEDOS DIANTE DA IMINENTE"PERDA" DOS ANÉIS!!!
Imagem: anivelde.org
O Governo Dilma busca o equilíbrio dos nervos diante de uma tempestade de notícias ruins em uma agenda marcada por acareações e diligências policiais. Tempos de crise normalmente são marcados por um tipo de calmaria não convencional, acordos ruins para evitar o pior e questionamentos a respeito do que fazer agora? Pergunta sempre em pauta diante da teoria de que nada está tão ruim que não possa piorar.
Desde que o novo ministro da fazenda Joaquim Levy assumiu, o mercado e seus interlocutores aguardam uma "carta na manga ou um coelho na cartola" para num passe de mágica retirar o ambiente de cólera que se instalou nos meios produtivos deste país.
A tática que parece fazer algum sentido é manter estável o risco soberano, ou para melhor compreender, o risco Brasil. E isto não é mágica, tem um custo e seu preço é manter os dedos, esquecendo os anéis.
Quadro econômico
Neste quesito, o governo Dilma já colocou a tropa de choque nos ministérios e está cortando sem dó despesas, buscando oxigenar o já desgastado orçamento em uma combalida economia(fundamentalmente nos últimos três trimestres). A melhora da relação dívida pública e PIB, antigo receituário liberal foi recuperado em sua essência e tornou-se uma obsessão de curto prazo diante do risco de uma avaliação negativa das agências de ratings .Salvar o risco soberano é salvar o conjunto de crédito das empresas que operam no país, lembrando que nenhuma empresa pode ter melhor risco do que o soberano(país em que atua).
Com isto, em uma economia que opera em câmbio livre, os riscos cambiais, de balança de pagamentos e equilíbrio externo ficam muito reduzidos, transferindo energia para outras frentes, como uma acanhada reforma ou renuncia fiscal anunciada na reforma do SIMPLES.
A taxa básica de juros continuará subindo, talvez para um teto inicial de 13,50% , garantindo assim um "prêmio" maior para o investidor que "comprar" o risco Brasil.
Quadro político e incertezas
Imagem: anivelde.org
O ambiente político ainda não pressiona o Governo, no entanto a lição de casa nos fundamentos econômicos cobrarão uma atuação do congresso na redução e encolhimento de benefícios sociais, como o que já ocorreu no seguro desemprego e projetos que tramitam para flexibilizar as relações de trabalho, como redução de prazos em férias, abonos e licenças, o custo Brasil falado a mais de três décadas parece agora ter seus dias contados...é esperar e ver.
Quando digo não pressiona, lembro que o governo vem fazendo acordos em frentes como, transporte, energia, enfim...
Acordos ruins é claro, mas necessários para manter uma mínima ordem, assistido por um cenário menos agudo pela falta de uma oposição sistemática e engajada, que ainda conta com uma pitada de trapalhada da presidência do congresso(que parece ter sido eleito para manter privilégios privados).
Incertezas são variáveis cuja função econômica é ampliar os riscos de qualquer negócio, o Governo sabe que o desemprego na base da pirâmide vai crescer, mas são os anéis que já os convenceram ser o mal menor, viva os dedos.
Até a próxima e que Deus nos Abençoe!
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