POR FAVOR , A CONTA !!!

 
Torneira pingando
Imagem: exame.abril.com.br
 
Toda crise, seja ela qual for, tem uma característica comum entre elas. Sabe qual é?

Todos que estão expostos sabem como o processo se inicia, mas desconhece seu desenrolar e suas consequências finais...
Quando olhamos para nossas torneiras, imaginamos não ser possível um apocalipse hídrico, digno dos melhores roteiros cinematográficos americano, aqueles que no final dizemos...só em filme mesmo...será??

Este assunto certamente caminha para uma conclusão deste leitor...humm, não aguento mais um texto no lugar comum "desgraça , rodízio, chuva", por falar em chuva já ouve uma mudança fantástica no ranking de torcidas de futebol no país, a CHUVA é a preferida dentre todos os torcedores brasileiros, depois vem a torcida do Flamengo, Corinthians, Palmeiras etc...etc...

Voltando ao lugar comum, respondo não, nossa discussão será como sempre no campo econômico, sem popularidades e futilidades, como dizia meu nono(avô em italiano), vamos ao que realmente interessa, quanto custa esta coisa de seca em São Paulo?

Para nossa informação, o consumo humano é o menor entre os setores que necessitam do líquido precioso à vida; já a agricultura consome algo como 70% de água; a indústria 20%; e 10% gastamos no chuveiro, cada vez mais difícil. Daí vem uma conclusão não muito animadora de que, quando partimos para o racionamento de água para consumo humano, é porque trata-se do último passo antes do colapso total do sistema, ocasião na qual a busca pela água torna-se uma verdadeira luta pela sobrevivência.

PRODUÇÃO E CORTE DE PESSOAL


Imagem: exame.abril.com.br

Segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo(FIESP), as indústrias paulistas cogitam dar férias coletivas aos funcionários já a partir de março, por causa da falta de água e dentro da expectativa do início dos rodízios de abastecimento, com a proximidade do fim do período de chuvas.Ao menos 54 municípios paulistas já decretaram racionamento. Ainda assim, a Fiesp não consegue estimar de quanto será o prejuízo da crise para o Produto Interno Bruto (PIB) paulista, atualmente em R$ 1,2 trilhão.

No ultimo dia (22/01), a Agência Nacional das Águas (ANA) determinou que as indústrias da região de Campinas, no interior de São Paulo, reduzam em 30% a captação direta de água dos rios sempre que o Sistema Cantareira, uma das principais fontes de abastecimento do estado de São Paulo, atingir 5% do volume. Motivado pela 11ª queda consecutiva no reservatório, que já está no segundo nível do volume morto, operando próximo aos 5,4% da capacidade, o mesmo deve priorizar o abastecimento de mais de 6 milhões de pessoas na Grande São Paulo.

Os setores mais afetados são o químico, têxtil, metalúrgico, alimentício e o de celulose, que fazem uso intensivo da água. Em outubro do ano passado por exemplo, a empresa química Rhodia desativou quatro unidades da fábrica de Paulínia, no interior de São Paulo, com a baixa da vazão do rio que serve para abastecer o sistema de refrigeração do setor de intermediários químicos.

Na cidade de Tambaú, a 298 km da capital, as 70 indústrias do ramo ceramista têm dificuldade em manter o quadro de funcionários. Em razão da falta d'água, são obrigadas a fechar as portas em alguns dias da semana. Calcula-se que na região da hidrovia entre Araçatuba e Barra Bonita, que compreende 42 municípios, mais de três mil trabalhadores já perderam o emprego.

QUANTO CUSTA?

A área de estudos econômicos do Banco Itaú, por exemplo, prevê queda de 0,5% para o PIB de 2015 e ainda nem contabiliza possíveis racionamentos de água e energia que, sozinhos, levariam o PIB a cair mais 0,6%, totalizando perigosos 1,1% de queda real no Produto Interno Bruto(PIB).

O presidente do Conselho de Logística e Infraestrutura da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Renato Pavan, explica que o transporte da soja pela Hidrovia Tietê/Paraná custa R$ 86 por tonelada. Com o rio seco em alguns trechos, a alternativa foi levar por rodovia cerca de 2 milhões de toneladas de São Simão até Pederneiras, a um custo de R$ 101 a tonelada. Depois, a soja vai por ferrovia até o Porto de Santos. Até agora, já foram R$ 30 milhões de gastos a mais, e agora começa a safra do milho. A capacidade de transporte da hidrovia é de 6 milhões de toneladas/ano diz Pavan.

Embora haja espaço para uma discussão macroeconômica ampla, recupero algumas linhas publicadas no texto interessante do blog do maximus:

Fábrica de massas e biscoitos, requer água para sua produção, e se não houver água suficiente disponível, como os alimentos serão produzidos? O mesmo vale para quase tudo, de cimento a tijolo, de tecidos a celulose; quase nada do que consumidos dispensa o tão precioso líquido essencial à vida para ser feito.

Lava-jatos não terão como limpar carros, salões de beleza não terão como lavar os cabelos dos clientes, lavanderias não terão como lavar roupas e aí...Como esses empreendimentos poderão continuar com suas atividades?

Então, quanto custa esta crise?

Por hoje é só e que DEUS nos Abençoe!

 

 

 

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