PEDALANDO NO PACTO SOCIAL
Hoje sem dúvida pedalar é preciso, mais do que preciso é colocar esta discussão polêmica em um lugar socialmente "civilizado".Segundo a Abraciclo, o Brasil possui 65 milhões de bicicletas em circulação pelo país e considerando que é um equipamento de diversão e meio de transporte, nos coloca numa posição de discussão séria a respeito do lugar urbano que ela deve ocupar.
Os investimentos em espaços exclusivos para pedalar nos últimos anos cresceram significativamente, ainda que insuficientes segundo a base de comparação.As ciclovias das metrópoles brasileiras são em geral bem mais curtas e isoladas comparadas às das grandes cidades europeias. A maior rede cicloviária do País,de acordo com levantamento feito pelo especial divulgado no site Terra, é a do Rio de Janeiro com 260 Kmts, que é apenas a metade da ciclovia de Paris.Ja São Paulo, maior cidade do país, conta com modestíssimos 52 Kmts.
Se a construção de ciclovias não acompanha nem de longe o ritmo da entrada em circulação de novos veículos, a receita para prevenir acidentes está na educação - tanto de motoristas quanto de ciclistas. A maior cidade do País, por exemplo, investiu na combinação de programas de conscientização no trânsito e construção de novas ciclovias, e começa a colher os frutos: apesar de contar com apenas 52 kmts de espaço exclusivo para as bicicletas, São Paulo viu reduzir, de 2005 a 2011, 47% das mortes de ciclistas em suas ruas, segundo dados da Companhia de Engenharia de Tráfego.
Ciclovias pelo mundo
Londres: Na cidade de Londres, onde serão realizadas as olimpíadas de 2012, é possível solicitar gratuitamente um mapa com as rotas divididas por áreas. O aluguel de bicicletas custa 1 libra. Existe um sistema de isenção de impostos para empresas cujos funcionários utilizam a bicicleta para fins profissionais.
Irlanda: A cidade de Dublin, também dentro do Reino Unido, possui um esquema de aluguel de bicicletas chamado Dublinbikes que disponibiliza 450 bicicletas divididas em 44 estações. A iniciativa incentiva o uso desse tipo de transporte em viagens curtas, já que o uso por 30 minutos é gratuito.
Paris: O incentivo ao uso da bicicleta começou em 2001. Em 2007 foi implantado um sistema de aluguel de bicicletas e a cidade se tornou um exemplo do cicloativismo. A previsão é de que as ciclovias na cidade, que possui hoje uma malha de 440 km, sejam ampliadas para 700 km.
Amsterdã: Amsterdã possui mais de 400 km de ciclovias pelas quais circulam 600 mil bicicletas. Aproximadamente 40% de toda a circulação é feita em bicicletas. O uso desse meio de transporte é tão forte na cultura holandesa que existem até os Táxis Bicicleta.
Berlim: A cidade possui um sistema integrado com o transporte público. Segundo o governo, cerca de 10% dos ciclistas fazem seu trajeto utilizando a bicicleta em conjunto com trens ou ônibus.
Nova York: Em junho de 2009, a cidade de Nova York completou o plano de entregar mais de 321 km de ciclovias, o que praticamente dobrou a malha cicloviária, em três anos. Nesse período, o uso da bicicleta como meio de transporte aumentou em 45%. Até tu Big Apple....
Ocupando o mesmo espaço e o PACTO SOCIAL
É evidente que a discussão recente esta no campo comportamental, na educação dos motoristas,motorciclistas e ciclistas, de que forma os fatais acidentes(atropelamentos) possam ser evitados diante do "caos espacial" das grandes capitais.
Embora muitos que escrevem e publiquem noticias sobre o tema não mencione a "culpa" de cada uma das partes, recaindo sempre para os motoristas(aqui devemos excluir os que conduzem seus veículos alcoolizados ,velocidade não permitida ou criminosos de uma forma geral) e autoridades, creio que ja esta na hora de pararmos de hipocrisia e assumirmos um "PACTO SOCIAL" pela mudança de hábitos impostos pela recente mobilidade urbana.
Esta muito claro que esta geração de ciclistas, motoristas e motociclistas cresceram em uma sociedade que a bicicleta "só era permitida" em áreas reservadas,parques ou em eventos(passeio ciclistico) que ocorriam pontualmente nas cidades. É preciso entender que nós brasileiros não atingimos a maioridade nesta questão.Não temos como aludido no texto, grandes áreas destinadas a inclusão da mobilidade de veiculos de "não combustão",nossa ruas estão em péssimo estado inclusive para automóveis e ciclomotores, além é claro, da cultura do deslocamento em rua de forma quase exlusiva pela opção motorizada.
Podemos passar semanas escrevendo e não faltará argumento para defender ciclistas , motoristas e qualquer parte interessada no embate.O que falta é realmente produzirmos um PACTO SOCIAL pela mobilidade urbana.
Por hoje é só e que DEUS nos abençoe!
Até a próxima!
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